terça-feira, 16 de junho de 2009

Como se constrói a imagem e o que é imagem institucional.

A palavra imagem vem do latim imago, o que expressa a representação visual de um objeto. Segundo a Wikipédia: “Em grego antigo corresponde ao termo eidos, raiz etimológica do termo Idea ou idéia (...)”. A partir da teoria do Idealismo, de Platão, a imagem é considerada como uma projeção da mente. “O termo tem três dimensões não fixas: a imagem expressa uma subjetividade, assinala uma realidade ou comunica uma mensagem” (SOUSA, 2006, não paginado).

A subjetividade é um fator dominante para as diferenciadas percepções da mesma imagem. Assim, as referências culturais do indivíduo, assim como as experiências adquiridas no decorrer da vida, o ambiente e o contexto histórico o qual está inserido são de suma importância para que cada sujeito tenha a sua percepção a respeito de uma empresa. Ou seja, as pessoas individualmente, ao receberem a mensagem do emissor adotam uma posição em relação ao que é passado, podendo então aceitar ou não os fatos.

No texto consultado, de autoria de G. Sousa, do ano de 2006:

Em que pesem as dimensões da realidade, ou seja, os fatos, os dados, a essência do que a
organização é e da comunicação em que a mensagem é comunicada ao sujeito público,
interlocutor num processo dinâmico, a subjetividade dos públicos é relevante na formação dessas imagens. A comunicação vai exercer o papel de mediador entre a realidade da organização e a subjetividade dos públicos.

Toda empresa possui uma personalidade, reputação e caráter que pode ser positivo ou negativo perante a opinião pública. No entanto, a construção desses valores depende do contexto social-econômico-político-cultural o qual o indivíduo, a organização ou o grupo social pertencem, para que posteriormente sejam formadas as concepções a respeito do empreendimento em questão.

Para Kunsch (2003, p. 170 apud SOUSA, 2006, p. 5) “imagem tem a ver com o imaginário das pessoas, com as percepções. É uma visão intangível e abstrata das coisas, uma visão subjetiva de determinada realidade”, dessa forma a autora enfatiza que cada sujeito tem uma percepção do que é passado pelas empresas, o que é compartilhado pelo autor Schuler (2000 apud SOUSA, 2006 p.5) onde pronuncia que “a imagem de uma organização corresponde ao modelo mental que os indivíduos formadores dos seus diversos públicos criam para representá-la, sempre que pensam nela.” Sendo assim, as percepções que o público tem de uma organização, quer seja positiva ou negativa é que será a imagem da entidade.

Para que a imagem institucional seja percebida pelos seus públicos de maneira positiva e que haja uma otimização nos resultados do empreendimento, são necessários um eficaz planejamento estratégico e ações comunicacionais eficientes tanto com os públicos internos, ou seja, os colaboradores, fornecedores, como com os externos à organização. De tal modo, no que se refere ao público externo, a organização precisa conhecer as necessidades e peculiaridades de seus diferentes públicos.

A imagem corporativa a ser criada e mantida pela instituição, para que seja favorável à sua sobrevivência e desenvolvimento deve ser buscada mediante o equilíbrio na identificação das características e necessidades dos seus diversos públicos e a própria auto- percepção identitária da organização. (MURIEL, ROTA, 1980, p. 53 apud SOUSA, 2006, p.6).

Outro autor avalia a imagem institucional de forma sintetizada, onde ele diz que “a imagem corporativa é a integração na mente de seus públicos de todos os inputs emitidos por uma empresa em sua relação ordinária com eles” (VILLAFAÑE 2004, p.30 apud Sousa, 2006, p. 7).

A formação da imagem se dá em um processo gradativo e lento, que ocorre no dia-a-dia das organizações, sendo fixadas na mente dos públicos através das ações realizadas. Assim, podemos falar da imagem pública, que se relaciona à imagem conceitual e a visual, onde a última representa tudo o que o público pode ver de uma organização, ou seja, o que é percebido à primeira vista. Já a imagem conceitual refere-se às características da empresa. Mas é notório que a imagem conceitual é a mais importante e a visual a complementa, pois o mais relevante são as características de uma empresa, do que ela realmente se constitui.

"Nem como meio de se construir imagens (públicas), a imagem visual é especial. Imagens se fazem com ações e com discursos, principalmente, e,além disso, com configurações expressivas que incluem claro, elementos visuais, ao lado de tantos outros" (WILSON).

Segundo Sousa, o autor villafañe diz que a imagem corporativa seria a síntese da identidade organizacional demonstrada a partir de seu comportamento, cultura e sua personalidade corporativa, os quais projetam uma imagem funcional, interna (auto-imagem) e intencional respectivamente e constroem na mente de seus públicos essa gestalt que é o que denomina de imagem corporativa (2004, p. 46 apud SOUSA, 2006, p.8).

Segundo Aubrey Wilson (apud SOUSA, 2006, p. 7) existem níveis de imagem, que são: a imagem corrente, ou seja, como o mercado realmente vê a instituição; imagem de espelho, que é a forma como a instituição acredita ser vista, denominado de auto-imagem; a imagem desejada, que se caracteriza pela maneira que a instituição gostaria de ser vista; e a imagem ótima, que é a que ajudará a instituição chegar aos seus objetivos.

domingo, 14 de junho de 2009

Iracema, uma transa Amazônica


O filme é uma produção paraense, de 1970, com direção de Jorge Bodanzky e Orlando Senna. Iracema é uma índia prostituta que conhece um caminhoneiro em Belém e segue viagem com ele pelas estradas do Pará. Até que o caminhoneiro deixa Iracema em algum lugar distante da capital.

O filme mostra a realidade vivida por muitas meninas que chegam a Belém de localidades longínquas, com pespectivas de melhorar de vida e depois percebem que a prática é bem diferente.

Iracema evidencia a prostituição, principalmente entre menores, e problemas da região, como o desmatamento, as más condições de trabalho e saúde e a venda de camponeses.

Para quem gosta de filmes que retratam a realidade, "Iracema, uma transa Amazônica" é uma boa pedida.

Eu indico!

INDÚSTRIA CULTURAL

A Indústria Cultural surgiu na Europa a partir da Revolução Industrial, no século XVIII. O termo foi inicialmente pronunciado pelos teóricos da Escola de Frankfurt Theodor Adorno e Max Horkheimer, sendo que anteriormente utilizava-se o termo “cultura de massa”, ou seja, cultura que surge nas massas. Para Adorno “na indústria cultural, tudo se torna negócio. Enquanto negócios, seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programada exploração de bens considerados comerciais”.

Analisando a citação acima, é possível dizer que a indústria cultural é o ato de se converter a cultura em mercadoria. Não se referindo aos meios comunicacionais utilizados, como a televisão, o rádio, o computador, mas sim a prática social exercida pelas elites dominantes, através da possibilidade da lucratividade no mercado.

A Indústria Cultural é evidenciada através de empresas que se utilizam da comercialização da cultura com o intuito de lucrar. Neste sistema estão inseridos os veículos comunicacionais, que são TV, o rádio, internet, cinema, os jornais e revistas.

É sabido que a mídia, por ser o único veículo comunicacional massivo, que pode levar informação a todas as pessoas da sociedade, possui grande poder de influência em vários setores específicos da sociedade. Segundo Melo, “a mídia possui um importante papel cultural de formação social, e exerce grande influência na construção da opinião pública”(MELO, 2006, não paginado). Dessa forma, estes meios são produzidos de maneira que haja o aumento do consumo, com o objetivo de moldar hábitos, educar e informar o cidadão.

Para Adorno, na Indústria Cultural o homem é um simples instrumento de trabalho e consumo, sendo então um objeto. “O consumidor não é soberano, como a indústria cultural queria fazer crer; não é o seu sujeito, mas o seu objeto” (Adorno, 1967). Para o autor, o homem é um Ser tão manipulado que seus momentos de lazer se tornam uma expansão do trabalho. Ele cita como exemplo o cinema, que antes era considerado como arte e tinha por objetivo o entretenimento, agora se tornou um meio de manipulação.

Outro exemplo que pode ser mencionado é a festividade do “Círio de Nossa Senhora de Nazaré” que acontece em Belém, onde apesar de ser uma festa religiosa, que reúne todos os anos na capital paraense fies das mais distintas localidades, louvando a mãe de Jesus, sendo considerada por muitos como “uma das mais belas e fenomenais manifestações do culto e da glorificação”, funciona também como um fim mercadológico para outros.

Apesar da “carga” emocional e religiosa que possui, o Círio é um meio pelo qual as pessoas aproveitam para venderem seus produtos. Muitos materiais são produzidos utilizando a imagem da Santa, como chaveiros, camisas, garrafas de água mineral, adesivos, entre outros e comercializados para turistas e residentes da região, sendo assim, a festividade é um meio eficaz para aumentar o lucro. Deixando de ser somente a festa religiosa, para atender as necessidades de comerciantes e ambulantes.

“O samba enquanto gênero musical moderno foi se transformando para se propagar nos novos meios de comunicação que surgiam, como a rádio e a indústria do disco, ao mesmo tempo que também se transformava em nosso símbolo cultural.”

A partir da citação acima é possível dizer que a música, no exemplo em questão, o Samba, é um exemplo de uma mercadoria cultural.

O surgimento dos discos no Brasil deu-se em 1902, com o tcheco Frederico Figner. Assim, após o surgimento da sociedade Phonográfica a vendagem aumentou consideravelmente entre as classes populares, surgindo também revistas especializadas em música Na década de 60 houve um considerável desenvolvimento do mercado de bens culturais, mas somente a partir de 1970 é que a indústria do disco se estrutura. Neste momento, com a melhoria das gravações e com o lucro proporcionado pelo Samba, surgiram cantores de diversas classes sociais.

Dessa maneira, pode-se dizer que a música, apesar de ser uma prática cultural cujo intuito é proporcionar lazer e entretenimento para as pessoas, cada dia que passa vem sendo alvo dos empresários musicais, que aumentam o valor dos produtos, pensando na lucratividade que os produtos musicais irão proporcionar.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

INCLUSÃO DIGITAL

Por Vanessa Dantas

Ao decorrer do tempo a tecnologia vem sofrendo grandes transformações no que se refere aos instrumentos tecnológicos, como a televisão, aparelhos celulares e computadores, além da criação de novos dispositivos como o Touch Screen e o ipod, sendo que frequentemente são inovados e lançados outros aparelhos.
Aliado ao progresso tecnológico está a rapidez das informações e as mudanças no cotidiano das pessoas, onde hoje, existe a possibilidade de pessoas de países distantes, além de poderem se comunicar por meio da internet, também conseguem se ver pela Webcam, assim como, saber o que acontece em outros lugares de qualquer parte do mundo em tempo real.
No entanto, nem todas as pessoas têm acesso à informação e muito menos aos aparelhos tecnológicos que possibilitam o contato com o conhecimento. Mas ao contrário do que se pode pensar, existem nos dias atuais a preocupação por parte dos governos de muitos países, inclusive o Brasil, de permitir o acesso aos meios tecnológicos para as sociedades que ainda não os utilizam, com o objetivo maior de proporcionar a inclusão social e a troca de conhecimento entre todos. Denominado de inclusão digital ou infoinclusão, ou seja, quando há a democratização do acesso às tecnologias da informação, incluindo o cidadão na sociedade da informação, de forma a contribuir na melhoria das condições de vida de todos.
Contudo, para que a inclusão digital aconteça o indivíduo necessita do instrumento tecnológico, como o computador, o acesso à rede e principalmente saber manusear essas ferramentas. Entre as estratégias da inclusão digital estão a implantação de projetos e ações que visam facilitar às pessoas de baixa renda o contato com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), incluindo também o desenvolvimento de tecnologias que facilitam a acessibilidade para usuários com deficiência.