quinta-feira, 28 de maio de 2009

O trabalho escravo realmente acabou?

No final do século XIX, no dia 13 de Maio de 1888, com a promulgação da lei Áurea foi abolida a escravidão no Brasil. Será? Não é o que parece!
Já está fazendo parte do cotidiano das pessoas a veiculação regional e nacional de notícias que assustam e entristecem o povo brasileiro. Elas difundem notícias da existência da escravidão em pleno século XXI.
Ocasionalmente nos diversos veículos de comunicação são passadas notícias de trabalhadores rurais que vivem em condições sub humanas, sem a mínima infra-estrutura necessária para viver dignamente. Estes trabalhadores moram em fazendas longínquas, são levados pelos "gatos", de locais subdesenvolvidos e de pobreza acentuada. De lá eles não conseguem sair, devido à grande distância e a aquisição de dívidas junto aos latifundiários.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho , 25 mil pessoas trabalalham em regime de escravidão no Brasil, sendo que 50% corresponde ao estado do Pará. Outro dado preocupante divulgado no relatório realizado por pesquisadores da UFPA, por solicitação da Secretaria Estadual de Justiça, é que dos 12.500 trabalhadores escravos no Pará, em torno de 44% é constituido por paraenses e os demais são oriundos, em grande parte, do nordeste brasileiro.
Muitas fazendas que utilizavam o trabalho escravo, foram descobertas e os donos punidos. No entanto, segundo o relatório dos pesquisadores, os casos de reincidência são muitos, como é o caso da fazenda Forkilha, localizada em Santa Maria das Barreiras . Esta fazenda é recordista em reincidência desta prática criminosa e já foi denunciada várias vezes no decorrer de dez anos.
Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra, entidade ligada à igreja católica, apenas 50% das denúncias são fiscalizadas. Portanto, é dever do Estado brasileiro promover planos de ação que visem a informar a sociedade sobre a existência do trabalho escravo e intensificar a fiscalização nas fazendas, principalmente as já conhecidas nessa questão.

Fonte: www.ufpa.br/beiradorio/arquivo/beira51/noticias/noticia7.html

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